TROMBOSE: Sintomas e Causas
Trombose é a formação de um trombo no interior do coração ou de um vaso sanguíneo num indivíduo vivo.
Tromboembolia seria o termo usado para descrever tanto a trombose quanto sua complicação que seria o embolismo. Já os coágulos sanguíneos ocorrem, num indivíduo vivo, fora do sistema cardiovascular ou, num indivíduo morto dentro dos vasos e no coração.
Às vezes pode ocorrer em uma veia situada na superfície do corpo, logo abaixo da pele. Nesse caso é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite.
A trombose pode ser completamente assintomática ou apresentar sintomas como dor, inchaço e aumento da temperatura nas pernas, coloração vermelho-escura ou arroxeada, endurecimento da pele.
Quando sofremos um corte, o sangue escorre um pouco e para, porque o corpo humano é dotado de um sistema de coagulação altamente eficaz.
As plaquetas, por exemplo, convergem para o local do ferimento e formam um trombo para bloquear o sangramento. Decorrido algum tempo, esse trombo se dissolve, o vaso é recanalizado e a circulação volta ao normal.
Há pessoas que apresentam distúrbios de hemostasia e formam trombos (coágulos) num lugar onde não houve sangramento. Em geral, eles se formam nos membros inferiores.
Como sua estrutura é sólida e amolecida, um fragmento pode desprender-se e seguir o trajeto da circulação venosa que retorna aos pulmões para o sangue ser oxigenado. Nos pulmões, conforme o tamanho do trombo, pode ocorrer um entupimento – a embolia pulmonar – uma complicação grave que pode causar morte súbita.
Causas
Geralmente, a trombose é causada devido a uma anomalia em um ou mais itens da Tríade de Virchow abaixo relacionados:
1 . Composição do sangue (hipercoagulabilidade)
2 - Qualidade das paredes venosas
A formação do trombo é geralmente causada por um dano nas paredes do vaso, ou ainda por um trauma ou infecção, e também pela lentidão ou estagnação do fluxo sanguíneo, ocasionado por alguma anomalia na coagulação sanguínea. Após a coagulação intravascular, formam-se uma massa deforme de hemácias, leucócitos e fibrina.
Em geral, existem duas formas distintas de trombose:
- Trombose venosa profunda (TVP) - quando o coágulo se forma em veias profundas, no interior dos músculos.
- Trombose da veia porta
- Trombose da veia renal
- Trombose da veia hepática (Síndrome de Budd-Chiari)
- Síndrome de Paget-Schroetter (Trombose venosa nos membros superiores)
- Síndrome do desfiladeiro torácico (a causa da maioria das tromboses venosas nos membros superiores que não têm relação com um trauma)
- Acidente vascular cerebral (AVC)
- Infarto do miocárdio (geralmente uma trombose na coronária devida a uma ruptura em uma placa aterosclerótica)
- Síndrome do desfiladeiro torácido (pode precipitar uma trombose tanto arterial como venosa)
Em todo caso, o trombo irá causar uma inflamação na veia ou artéria, podendo ficar apenas no local inicial de formação ou se espalhar ao longo desta, causando a sua obstrução parcial ou total.
Embolização
Se uma infecção bacteriológica está presente no lugar onde ocorre a trombose, o trombo pode se romper, espalhando partículas da substância infectada por todo o sistema circulatório e configurando um abscesso metastático onde quer que elas parem. Sem infecção, o trombo pode desprender-se e entrar na circulação como um êmbolo (coágulo), alojando-se e obstruindo completamente a veia sanguínea (um infarto). Os efeitos de um
infarto dependem de onde ele ocorreu.
A maioria dos trombos, não obstante, se organizam em proteína fibrilar, e a veia trombótica é gradualmente
recanalizada com a ajuda de fibrinolíticos.
O risco de desenvolver uma trombose pode ser aumentada por alguns fatores tais como:
- Estase - permanecer em inatividade prolongada (por exemplo viagem de avião ou de carro);
- Traumatismo na veia - algum traumatismo que provoque lesão nas veias;
- Prática do tabagismo;
- Uso de anticoncepcionais;
- O avanço da idade;
- Predisposição genética.
- Imobilidade provocada por prolongadas internações hospitalares
- Síndrome da classe econômica: dificuldade de movimentação durante viagens longas em aviões e ônibus;
- Terapia de reposição hormonal;
- Uso de anticoncepcionais;
- Varizes;
- Cirurgias;
- Cigarro.
Quando uma trombose é diagnosticada uma das primeiras suspeitas recaem sobre a combinação do uso de anticoncepcionais aliado à prática do tabagismo, sobretudo se o paciente possui 35 anos ou mais. Outras hipóteses como trauma na veia, por infecção, cateterismo, introdução de medicação venosa também podem estar desencadeando uma trombose. Alguns fatores genéticos como o Fator V de Leiden, com prevalência de até 5% na população caucasiana, e a Protrombina fator II, podem aumentar significativamente a predisposição de desenvolver uma trombose, sobretudo quando combinada a outros fatores de risco.
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