Medicação para transtorno bipolar
Medicação para transtorno bipolar
Como a causa da bipolaridade é desconhecida, a busca por tratamentos eficazes é difícil. Embora determinados medicamentos, como o lítio, sejam comprovadamente eficientes para muitos pacientes bipolares, os cientistas não sabem a razão do sucesso. Médicos descobriram que o transtorno bipolar é uma doença que requer tratamento sério e prolongado. Isso normalmente inclui manter a medicação inclusive em períodos de humor estabilizado.
Como os pacientes respondem de maneira distinta aos medicamentos usados no tratamento do transtorno, deve-se descobrir a dosagem exata e o tipo de medicamento que funcionará melhor para cada pessoa. A lista a seguir mostra os medicamentos mais conhecidos no tratamento da bipolaridade.
iStockphoto/David Freund
- Lítio - nos anos 70, o Food & Drug Administration (FDA) aprovou o carbonato de lítio para tratamento do transtorno bipolar, sendo até hoje uma das primeiras opções de tratamento da síndrome. O lítio é um estabilizador de humor, eficaz no tratamento de surtos maníaco-depressivos. Depois do início do tratamento, os pacientes devem voltar ao médico para realizar exames de sangue freqüentes para monitorar os níveis de lítio. Depois de acertar a dosagem adequada, os pacientes não precisam fazer exames de sangue com tanta freqüência.
- Anticonvulsivantes - assim como o lítio, anticonvulsivantes também são estabilizadores de humor. Eles atuam ao estabilizar partes muito ativas docérebro e também são normalmente usados para prevenir convulsões em pacientes epiléticos (em inglês). Outros anticonvulsivantes atuam de forma diferente, elevando os níveis do neurotransmissor GABA [fonte: Frank]. Usados sozinhos ou com o lítio, os anticonvulsivantes podem ser eficazes para muitos pacientes bipolares.
- Antipsicóticos atípicos - para as pessoas que não respondem ao lítio nem aos anticonvulsivantes, os médicos podem prescrever antipsicóticos atípicos como a clozapina. Esse tipo de medicamento, também usado no tratamento de esquizofrenia, atua ao alterar os níveis de certos neurotransmissores no cérebro, tais como a dopamina.
- Benzodiazepínicos (drogas antiansiolíticas) - se um paciente bipolar tiver problemas de sono, os benzodiazepínicos podem ajudar a estabelecer uma rotina de sono saudável. Esses medicamentos devem ser usados com cautela e por apenas um curto período de tempo devido à possibilidade de dependência [fonte: NIMH].
- Antidepressivos - como podem provocar episódios de mania, os antidepressivos não são mais tão prescritos para tratar transtorno bipolar como costumavam ser no passado [fonte: MayoClinic]. Dependendo do tipo, eles atuam ao ajustar os níveis de serotonina ou de noradrenalina no cérebro (para saber mais sobre eles, leiaComo funcionam os antidepressivos).
Além dos efeitos colaterais potenciais típicos, fazer uso de tais drogas estabilizadoras do humor é perigoso para mulheres grávidas ou em período de amamentação (em inglês). É pouco provável que o lítio prejudique o feto(em inglês) em formação, mas certos anticonvulsivantes podem causar defeitos de nascença [fonte: NAMI]. Mudar muito de medicação durante a gravidez pode causar problemas também [fonte: NAMI (em inglês)]. Como uma gravidez inesperada pode dificultar a conduta, melhor discutir as opções previamente com um médico.
Medicamentos não são a única alternativa para combater a bipolaridade. O Instituto Americano de Saúde Mental destaca que o melhor tratamento incorpora medicamentos como os acima mencionados e tratamento psicoterápico [fonte: NIMH (em inglês)]. Na próxima seção, vamos explorar esses e outros tipos de tratamento.
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