Narguilé - Efeitos negativos na saúde humana.

Unknown | quarta-feira, março 20, 2013 | 0 comentários






Efeitos negativos na saúde humana,



equivale a 100 cigarros.



Narguilé



Narguilé é um cachimbo de água utilizado para fumar. Além desse nome, de origem árabe, também é chamado de hookah (na Índia e outros países que falam inglês), shisha ou goza (nos países do norte da África), narguilênarguilanaklamaguilaarguilenaguiléetc. Há diferenças regionais no formato e no funcionamento, mas o princípio comum é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. É tradicionalmente utilizado em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia.


Origem




O Narguilé tem origem no Oriente. Uma das versões é a de que o narguilé teria sido inventado na Índia do século XVII, pelo médico Hakim Abul Fath, como um método para retirar as impurezas da fumaça. Quando chegou à China, passou a ser utilizado para fumar o ópio, e assim permaneceu até a revolução comunista, no fim da década de 1940. Na mão dos árabes, o cachimbo de água foi rapidamente incorporado para ser apreciado em grupo, acompanhado de café e prosa. Existem evidências históricas de narguilés na Pérsia e na Mesopotâmia. As peças mais primitivas eram feitas com madeira e um coco que fazia o lugar do corpo (o nome origina-se do persa nārgila, que significa "coco").[1] Com o desenvolvimento das civilizações e as expansões territoriais (principalmente dos países europeus), o narguilé, já similar ao que conhecemos hoje (com base de cerâmica ou porcelana e corpo de metal), começou a ser divulgado, e trazido junto com especiarias como cravo e canela.
As cruzadas também auxiliaram a espalhar o narguilé pelo mundo, quando os guerreiros sobreviventes traziam-no para seus países. No Brasil, o narguilé foi trazido por alguns imigrantes europeus, e divulgado pelas colônias turcalibanesa e judaica.

Partes



O narguilé é formado pelas seguintes peças:
  • Base (jarro ou vaso): peça central do narguilé; assemelha-se a um vaso. É onde se coloca a água (ou, embora não seja tradicional, com outros líquidos, como arak, sucos ou essências naturais). Geralmente é feita de vidro, metal ou cerâmica; algumas são ornamentadas com desenhos.
  • Corpo: peça cilíndrica que sustenta o fornilho e conecta-se à base. Na base, projeta um tubo para dentro da água, que conduz a fumaça.
  • Fornilho (rosh, cabeça ou cerâmica): peça de barro ou cerâmica onde coloca-se o tabaco e, por cima deste, o carvão em brasa.
  • Abafador (laminito): Artefato em metal (muitas vezes descartados), geralmente alto para proteger a brasa do vento, evitando o consumo rápido do carvão.
  • Mangueira (condutor): é por onde se aspira a fumaça. Uma ponta termina numa piteira, e a outra encaixa-se na parte superior do corpo do narguilé (acima da água). Pode haver mais de uma mangueira para que várias pessoas fumem juntas (porém estes com válvulas especiais, ou do contrário os usuários não poderão "puxar" a fumaça simultaneamente). Em narguilés usados em locais públicos, como bares, freqüentemente usa-se uma peça plástica removível na ponta da piteira, que pode ser lavada ou descartada a cada uso, ao contrário da mangueira em si, que não deve nunca ser lavada, pois pode oxidar, criando assim partículas de fuligem, que atrapalham a aspiração da fumaça.

Funcionamento


Quando se aspira o ar pela mangueira, reduz-se a pressão no interior da base; isso faz com que ar aquecido pelo carvão passe pelo tabaco, produzindo a fumaça. Ela desce pelo corpo até a base, passa pela água, onde é resfriada e filtrada, que retém partículas sólidas. A fumaça segue pela mangueira até ser aspirada pelo usuário e expirada logo em seguida.


Fumo

Há um tabaco especial para narguilés, conhecidos popularmente como essência, usualmente feito com tabacomelaço (um subproduto do açúcar) e frutas ou aromatizantes. Os aromas são bastante variados; encontra-se de frutas (como pêssego, maçã-verde, coco), floresmel, e até mesmo Coca-Cola, Vinho e Red-Bull. Também é possível encontrar essências não-aromatizadas, estas progressivamente perderam espaço para as aromatizadas, que hoje são muito mais populares.


Limpeza

A limpeza de um narguilé deve ser feita com aparatos especiais, facilmente encontrados em lojas especializadas. Contudo, é possível fazer a manutenção do narguilé, utilizando ar comprimido nas peças individuais, como a mangueira. Não é recomendado utilizar água para a limpeza.

Efeitos negativos na saúde humana


Segundo estudos realizados pela Academia Norte americana de Pediatria, o narguilé é igual, ou até mesmo mais perigoso que o tabaco convencional. Esse estudo derruba a crença popular que tabaco empregado no narguilé é menos nocivo que os de cigarros normais, os autores deste estudo assinalaram que contém mais nicotinaalcatrão e metais pesados, em comparação com os cigarros convencionais. Os jarros de água menores ou de lugares públicos são os mais nocivos, além de risco de doenças como a herpes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, não existe nenhum mecanismo presente no narguilé que tenha demonstrado a eliminação ou diminuição na exposição das toxinas presentes no tabaco, a organização ainda assinala o risco de morte por doenças relacionadas com o consumo.

Narguilé equivale a 100 cigarros.


   
O cheiro agradável das essências usadas no narguilé são um convite para juntar uma roda de amigos e passar o tempo. Apesar de ser um jeito mais charmoso de fumar, a diversão de origem indiana é mais danosa para o organismo que o cigarro. Em uma sessão, o consumo de tabaco pode equivaler a mais de 100 cigarros.

O alerta está em um artigo de revisão do pneumologista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Viegas, publicado na edição de dezembro do Jornal Brasileiro de Pneumologia.
Viegas explica que o malefício ocorre, entre outros motivos, porque uma sessão de narguilé expõe o adepto a um período longo de contato com a nicotina. “Em uma roda, se a pessoa gasta duas horas, vai fumar muito mais tabaco que se fumasse cigarros.” Enquanto um cigarro leva de 5 a 7 minutos para acabar e propicia de 8 a 12 baforadas, um encontro onde há narguilé dura de 20 a 80 minutos e pode render entre 50 e 200 baforadas.

Carvão

Outro problema do passatempo está na junção da fumaça do tabaco aromatizado, que já é prejudicial à saúde, com a do carvão utilizado para queimá-lo. A combinação põe o indivíduo em contato com mais nicotina, cromo e chumbo, que são metais pesados. “As substâncias se depositam no organismo e não são eliminadas”, diz.
Embora alguns adeptos acreditem que a água colocada na base do narguilé minimize os efeitos prejudiciais da fumaça, Viegas afirma que a água não influi e não filtra nada. As consequências podem ser ainda piores se a água for substituída por alguma bebida alcoólica.
Os prejuízos à saúde, entretanto, não assustam o público. Andreza Oliveira, 31, vendedora de uma loja de artigos indianos, omite quantos narguilés são vendidos por semana, mas garante que o produto tem boa saída. “Vende bastante. Vai chegando, as pessoas compram, e a gente repõe”, diz. Os preços  são convidativos. Um modelo simples sai por cerca de R$ 70,00. As pastas aromatizadas custam em média R$ 8,50.



Charme

Ao lado do narguilé, há outras formas de consumo de tabaco que parecem inofensivas, mas causam sérios prejuízos. O charuto, símbolo de sofisticação e uma das marcas registradas do estadista inglês Winston Churchill, pode conter tabaco equivalente ao de 200 cigarros.
A concentração, por si só, já é danosa, mas há um problema a mais no charuto. O fumo utilizado nele tem o PH mais alcalino por ser secado ao sol, e não em forno, como ocorre na produção de cigarros. Essa característica faz com que os componentes da fumaça sejam absorvidos mais facilmente pela mucosa da boca, afetando o organismo, mesmo que não se trague a fumaça.
O empresário João Felipe Estrela, 33, fundador da Confraria Epicurista do Planalto, com 200 integrantes, fuma nos encontros do grupo, realizados uma vez por semana. "Como é consumido esporadicamente, acredito que não haja problemas. O problema, para mim, é o consumo excessivo", diz.
A opinião é compartilhada pelo funcionário de uma loja especializada na Feira dos Importados, Branco Coelho, 33. Ele não fuma cigarros, mas acha natural degustar um charuto em ocasiões especiais. “A última vez foi há três meses”,diz. Na loja, que disponibiliza um espaço para os apreciadores, cerca de 70% dos clientes estão na faixa dos 30 anos. São, em geral, homens que pagam até R$ 135,00 por uma unidade e fumam em um momento de lazer com os amigos.
Segundo o professor Carlos Viegas, ainda que o narguilé e o charuto sejam consumidos muitas vezes em uma frequência diferente do cigarro e num contexto de mais sofisticação, o melhor é evitar o tabaco, qualquer que seja a fonte. “Não existe forma segura de consumo de tabaco.”






Category:

0 comentários