AS DORES E ALEGRIAS DA MULHER MODERNA

Unknown | quinta-feira, março 07, 2013 | 0 comentários





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08 DE MARÇO 
DIA INTERNACIONAL DA MULHER

AS DORES E ALEGRIAS DA MULHER MODERNA




Nos filmes e novelas, a mocinha geralmente é bem-sucedida profissionalmente, mãe presente na vida dos filhos, consegue sair para jantar com marido e, acima de tudo, está sempre vestida com modelitos incríveis usando um manequim 36. Como alguém consegue ser tudo isso sem descer do salto? A resposta é simples: é tudo de mentirinha.

Na vida real, a mulher corre contra o tempo e luta diariamente para agradar o chefe, o marido, os filhos e, acima de tudo, o espelho. Trabalhar e manter a rotina de uma casa, de fato, é uma tarefa árdua e incessante. A parte boa é que o sexo feminino não tem nada de frágil. Por isso, o Terra conversou com diversos especialistas para levantar os principais problemas da mulher moderna e direcionar as melhores maneiras de solucioná-los.

As ginecologistas Lucila Pires Evangelista, do Hospital Albert Einsten, e Daniela Schmitz, do Hospital e Maternidade São Camilo, falam sobre o complexo corpo feminino; Leonardo Tucci, especialista em endocrinologia e metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), fala sobre os riscos da má alimentação; Samara Queiroz, diretora técnica da academia Runner, de São Paulo, dá dicas de boa forma; Magda Expósito, especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, responde sobre questões da pele e dos cabelos e, finalmente, Angela Costa, psicóloga e neuropsicóloga clínica, é quem fala sobre as pressões que a mulher tem de enfrentar nos dias atuais.



01.Vida profissional x maternidade


Um dos grandes dilemas da mulher moderna é saber conciliar a educação dos filhos e a vida profissional. De acordo com a psicóloga Ângela Costa, a dúvida entre investir esforços em uma carreira profissional ou dedicar-se à construção de uma família angustia muitas mulheres.
Ela explica também que, em alguns casos, a vontade natural de ter filhos pode se tornar um problema. "Para algumas mulheres, a carreira é o seu sustento. Mas vemos que a preferência pela carreira, a longo prazo, não satisfaz tanto a mulher quanto a família", observa.
Para as que pretendem investir nas duas coisas simultaneamente, ela recomenda o meio termo: "sugerimos que ela escolha algo que permita controlar seu tempo, pois certas carreiras dão a flexibilidade de horário. Preferencialmente, procure empresas que tenham programas de jornada reduzida e garantia de retorno após licença maternidade. Essas questões podem ajudar a minimizar a angústia da mulher com relação a sua profissão e sua independência pessoal", indica.

02.

O tal do relógio biológico



Ao mencionar o tema "gravidez tardia", a ginecologista Lucila Evangelista recorda que, nos livros antigos de medicina, as recomendações gerais eram que a mulher tivesse o primeiro filho até os 25 anos.
Ela provoca suas pacientes com uma sentença preocupante para quem pretende se lançar na maternidade tardiamente. "Tudo o que você economizou trabalhando e se especializando vai acabar gastando na clínica de reprodução humana. Algumas mulheres optam por engravidar em idade próxima dos 40 anos, mas não se dão conta de que, nessa idade, já estão perto da menopausa."
Embora concorde que o cenário tenha mudado e hoje a maternidade exige um pouco mais de planejamento, a profissional defende que este assunto seja resolvido mais cedo. "Ter filho depois dos 30 é mais complicado porque a taxa de infertilidade aumenta, além da maior incidência da endometriose e o aparecimento de miomas. Além disso, o óvulo envelhece, perde a qualidade. Não é como o homem que a cada 60 dias renova o seu estoque de espermatozoides", enfatiza.
Por outro lado, a ginecologista e obstetra Daniela vê alguns pontos positivos na decisão pela gravidez tardia. "O fato de ela estar mais madura faz com que a experiência como mãe seja melhor. As mulheres mais velhas também tendem a levar mais a sério o pré-natal, se preocupam mais com a alimentação e em manter o peso". Entretanto, a doutora lembra que o fato aumenta a chance de problemas genéticos do bebê.

03.

Jornada tripla




Administrar a casa, educar os filhos, brigar por seu espaço no mercado e ainda ser uma boa companhia para o marido ou namorado. Na verdade, isso é uma jornada quádrupla, que a psicóloga Angela Costa enxerga como uma situação geradora de estresse, desgaste físico e emocional. Ela indica mais atitude dentro do ambiente familiar para garantir o respeito e o sucesso dos relacionamentos. "É necessário o apoio de todos os envolvidos. Com o processo de mudança da sociedade, a mulher passar a ser responsável por reformular seu contexto familiar e inserir novas posturas dentro de casa, fazendo com que todos se sintam responsáveis pelas atividades domésticas. O homem exercerá outros papéis e os filhos passarão a compartilhar com a mulher a rotina doméstica. Psicologicamente, a mulher aliviará a culpa e a frustração de não conseguir atingir a perfeição que busca diante da exigência da sociedade", conclui.

04.

Dormir pouco



Os profissionais são unânimes em enfatizar a importância do sono – é preciso reorganizar a agenda para que o descanso seja garantindo, nem que para isso seja preciso abrir mão de alguma atividade.
O endocrinologista Leonardo Tucci lembra que uma noite mal dormida é sinônimo de queda no rendimento e mostra que o problema pode se tornar ainda maior. "Já foi demonstrado que indivíduos que dormem pouco ou mal têm mais facilidade para ganhar peso, com maior propensão a certas patologias como hipertensão, dor de cabeça e dores musculares."
A ginecologista Lucila Evangelista também dá um alerta importante para as mulheres que acabam culpando os hormônios por qualquer mudança de humor. "Dormir pouco é péssimo para a saúde, pode trazer cansaço, irritabilidade e alterações na menstruação. As mulheres atribuem muitas coisas que elas passam à TPM (tensão pré-menstrual), sendo que muitas vezes a falta de sono é a culpada por tudo isso, mas ela não se dá conta", avisa.

05.

Alimentação inadequada



Para o endocrinologista Leonardo Tucci, os maiores problemas estão relacionados à qualidade da alimentação: muito fast food e poucos legumes, verduras e frutas na dieta. Além disso, a falta de tempo para comer com calma é outro problema.
De acordo com o especialista, o fato de não mastigar bem os alimentos, por conta da pressa, dificulta a digestão. "O ideal seria que elas dedicassem mais tempo para as refeições. Na impossibilidade disso, deveriam preparar previamente os alimentos para suas refeições, dando destaque aos mais saudáveis e evitando os industrializados. Outra opção são os restaurantes Self-service, que dão a possibilidade de uma refeição mais saudável com mesa de salada", ele indica.

A ginecologista Lucila Evangelista lembra também que a alimentação inadequada, pouco nutritiva, contribui para o aumento do nível glicêmico da mulher, para a obesidade e o colesterol alto.


06.

Pular refeições ou trocar o almoço por um "docinho"



Sabe aquela falsa ideia de que, se você não almoçar, pode comer o dobro no jantar? Ou então aquele dia que, sem tempo para uma refeição completa, a trufa de chocolate dentro da bolsa acaba sendo a solução?
Os especialistas avisam: isso não é nada bom. "Quando ficamos muito tempo sem comer, liberamos hormônios e neurotransmissores que geram mais fome, portanto, ao comer, vamos ingerir maior quantidade de comida. Nessa situação também vamos optar por alimentos já prontos e normalmente mais calóricos. Não teremos paciência para preparar uma salada, por exemplo", explica o endocrinologista Leonardo Tucci.
Para reverter este quadro, ele indica que a mulher leve na bolsa sempre algo saudável para comer entre as refeições, como frutas ou barras de cereais.

07.

Dietas malucas



Que atire a primeira pedra a mulher que nunca fez uma dieta maluca. A primeira impressão é ótima: murchar em poucos dias e entrar naquele tão desejado vestidinho.


Mas o endocrinologista Leonardo Tucci lembra que as dietas da moda, especialmente as muito restritivas, têm prazo de validade. "Frequentemente, após o termino dessas dietas, as mulheres voltam à sua dieta habitual e desregrada e recuperam o peso perdido, levando ao famoso 'efeito sanfona'", ressalta.

Ele alerta também para o fato de que muitas dietas são pobres em certos nutrientes importantes para o corpo, como vitaminas e sais minerais. "Por esses motivos, nós não recomendamos esse tipo de dieta e sim, a reeducação alimentar, no qual a pessoa adquire hábitos alimentares saudáveis e duradouros através de uma alimentação balanceada composta por todos os macro e micronutrientes que uma pessoa necessita".



08.

Sedentarismo



"O sedentarismo da mulher moderna está nos mínimos detalhes, não tem a ver só com o fato de ela não ter tempo para fazer exercícios físicos. É ficar na frente da TV com o controle remoto, passar o dia todo sentada na frente do computador, em uma jornada de trabalho que não tem fim, além de chegar em casa e ainda continuar conectada na Internet." Esse é o puxão de orelha que a ginecologista Lucila Evangelista dá em suas pacientes e nas mulheres em geral.
Para Samara Queiroz, a prática da atividade física deve ser incorporada à rotina em pequenas doses. "O ideal é que ela coloque a atividade na sua agenda, seja um dia na academia, um dia na caminhada até a padaria, outro no passeio no parque no final de semana, ou ainda esporte com as amigas. Faça com que a atividade se enquadre dentro do seu dia a dia de maneira que não seja um transtorno."

09.

Compensar um mês de ausência na academia em uma semana



As turistas da academia também precisam colocar um fim na falta de disciplina. Segundo Samara, inicialmente, não há problema em ir poucas vezes à academia, desde que faça alguma coisa. "Não adianta também querer ser radical, acordar um dia e falar: 'de hoje em diante, vou todos os dias para a academia', pois a desistência será muito mais rápida", diz.


Para ela, o maior problema está em querer tirar o mês de atraso nos raros dias em que consegue um tempinho para a prática física. "Querer fazer todas as atividades em um dia em compensação às ausências aumenta o risco de lesões", observa



10.

Em busca do corpo perfeito: o exagero



O sedentarismo não é nem de longe um modelo de vida adequado, mas a Dra. Lucila explica que o extremo oposto também é negativo. "Essas mulheres que não querem comer nada, vivem à base de alface e passam muitas horas na academia, acabam ficando com 0% de gordura, que é o estoque regulador dos hormônios. Isso pode fazer com que ela tenha problemas para engravidar no futuro ou até mesmo pare de menstruar, enfraquecendo os ossos e aumentando os riscos de osteoporose.
A especialista avisa que as mulheres que fazem tratamento para parar de menstruar, por opção, não se encaixam neste cenário e não aumentam as chances de desenvolver osteoporose a partir desta opção, uma vez que o tratamento é administrado com os hormônios necessários para manter a saúde da mulher em dia.

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